terça-feira, 29 de setembro de 2009

SOBRE O SEMINÁRIO INTERNACIONAL PROFISSÃO PROFESSOR: O RESGATE DA PEDAGOGIA

Profissão Professor: o resgate de pedagogia
Introdução
João Batista Araujo e Oliveira - Presidente, Instituto Alfa e Beto
O presente volume inaugura a Coleção IAB de Seminários Internacionais. Ele contém os quatro artigos que foram objeto das apresentações no Seminário Internacional Profissão Professor: o resgate da pedagogia realizado entre 24 de agosto e 2 de setembro de 2009 em seis capitais do país.
Os artigos constituem uma resposta à pergunta central do seminário: existem pedagogias eficazes? Esta pergunta se desdobra, por sua vez, numa série de outras perguntas: O que é pedagogia? Qual a diferença entre pedagogia e métodos? Como saber se uma pedagogia é mais eficaz do que outra? Como separar o efeito da pedagogia do efeito do professor? Existem pedagogias específicas para diferentes disciplinas? O que é comum a todas as disciplinas e o que é específico? Por que os educadores não levem em conta as evidências científicas que contribuem para tornar suas práticas mais eficazes? A presente introdução reúne as principais conclusões dos autores dos artigos e sintetiza as evidências e argumentos principais.
A discussão sobre pedagogias eficazes é particularmente relevante neste momento em que, depois de 50 anos de ênfase na expansão do ensino, iniciada nos anos 60 do Século XX, a sociedade brasileira e as autoridades educacionais começam a falar sobre a qualidade. Qualidade se faz com professores, pedagogia e gestão eficaz. O presente volume trata da pedagogia, em sua interação com esses outros aspectos.
O que é pedagogia
A palavra pedagogo, de origem grega, referia-se ao educador que conduzia a criança para os poucos e seletivos educandários da época. Alguns gregos feitos escravos pelos romanos eram, eles próprios, os educadores das crianças. A partir daí o termo foi adquirindo diferentes conotações. A pedagogia como tema é tratada pelos três maiores filósofos clássicos da Antiguidade. Sócrates inaugura o maiêutica, também conhecida por método socrático. O método socrático envolve um professor que sabe e conduz a conversa, e um aluno que interage. Platão, especialmente no livro A República, trata da questão da educação e insiste na importância da motivação e da participação ativa do aprendiz no processo da aprendizagem. Aristóteles deixa como principal legado a estruturação das disciplinas e a base do que mais tarde se tornaria o “currículo” das primeiras universidades medievais, na forma do “trivium” e o “quadrivium”. Aí estão os temas centrais que continuam presentes no debate pedagógico: o que ensinar, como ensinar, o papel do professor e o papel do aprendiz.
Logo após a invenção da imprensa por Gutemberg, Comênio lança o que se considera o primeiro tratado de pedagogia da Idade Moderna. Trata-se de um prenúncio de uma pedagogia que só viria a se consolidar a partir do século XVII. Até então o ensino se dava na forma de preceptores, para as elites, ou na relação mestre-aprendiz. O ensino era individualizado e a-sistemático. A estruturação do conhecimento pedagógico se deu como exigência para expandir o acesso da população às escolas. Isso se dá a partir do século XVII, sob a forte influência das ordens religiosas. A explicitação de uma pedagogia assegurava relativa estabilidade e previsibilidade ao ensino oferecido nas diferentes escolas.
A secularização do ensino reduziu a influência da Igreja, mas manteve consigo a tradição pedagógica.
Mas já na segunda metade do século XIX, sob a influência do romantismo e de outros “ismos” que caracterizam o pensamento da chamada Idade Moderna, o ensino clássico e a tradição pedagógica se tornam objeto de suspeição. Na entrada do século XX John Dewey consolida muitas dessas novas idéias no movimento que se tornou conhecido como Escola Nova e ficou associado ao conceito de “progressivismo” em educação, especialmente na América do Norte.
Mas afinal, em que consiste a “pedagogia”? Pedagogia consiste no conhecimento sistematizado sobre como ensinar alunos reunidos em grupos. Isso se opõe ao ensino individualizado e a-sistemático que prevalecia até então, e que dependia exclusivamente das decisões do mestre. O termo “pedagogia” envolve a definição de uma série de diretrizes que vão desde a definição de conteúdos, organização de grupos, manejo de classe, disciplina, avaliação, papel do professor, materiais e métodos. Em linguagem filosófica, a pedagogia é “techné”, arte ou artesanato que tem o sentido de uma atividade regrada.
FONTE: www.alfaebeto.com.br

PROFISSÃO PROFESSOR: O RESGATE DA PEDAGOGIA



Seminário Internacional Profissão Professor: o resgate da pedagogia realizado entre 24 de agosto e 2 de setembro de 2009 em seis capitais do país.

COORDENADORAS PEDAGÓGICAS DA EE MAP EM CAMPO GRANDE

ENCONTRO SOBRE PROVA E PROVINHA BRASIL

A Coordenadoria de Educação Básica/SUSEP/SED, com o objetivo de subsidiar as unidades escolares sobre as avaliações: Prova e Provinha Brasil, promoveu, em Campo Grande, uma formação com os Coordenadores-pedagógicos da Rede Estadual de Ensino, com o intuito de enfatizar a importância destas avaliações, uma vez que o Ministério da Educação/MEC propõe uma cultura avaliativa que estimule o controle social sobre os processos e resultados que envolvam a elaboração da políticas públicas educacionais.
Desta forma foram convocadas as três Coordenadoras: Elza Aparecida Coutinho Monzani, Edna Escobar Flores de Jesus e Eva Prieto (esta última coordenadora pedagógica da extensão). Hospedaram-se nas dependências do Hotel da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (FETEMS).

terça-feira, 4 de agosto de 2009

AO PROFESSOR

Estar vivo é estar em conflito permanente, produzindo dúvidas, certezas questionáveis.
Estar vivo é assumir a Educação do sonho do cotidiano.
Para permanecer vivo, educando a paixão, desejos de vida e morte, é preciso educar o medo e a coragem.
Medo e coragem em ousar.
Medo e coragem em romper com o velho.
Medo e coragem em assumir a solidão de ser diferente.
Medo e coragem em construir o novo.
Medo e coragem em assumir a educação deste drama, cujos personagens são nossos desejos de vida e morte.
Educar a paixão (de vida e morte) é lidar com esses dois ingredientes, cotidianamente, através da nossa capacidade, força vital (que todo ser humano possui, uns mais, outros menos, em outros anestesiada) e desejar, sonhar, imaginar, criar.
Somos sujeitos porque desejamos, sonhamos, imaginamos e criamos, na busca permanente da alegria, da esperança, do fortalecimento da liberdade, de uma sociedade mais justa, da felicidade a que todos temos direito.
Este é o drama de permanecermos vivos... fazendo Educação.

Madalena Freire

sexta-feira, 31 de julho de 2009



Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando... Porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive, já morreu...
Luiz Fernando Veríssimo.

AVALIAÇÃO CONTÍNUA

A importância da avaliação contínua.

O aluno passa por um processo de avaliação constante durante o período escolar. Atualmente ainda existem educadores que consideram o momento da avaliação somente ao aplicar as tão antigas “provas”. O educador que está sempre em busca do crescimento profissional, sabe que na realidade é tudo bem diferente.

Você enquanto educador, já parou para pensar o que engloba a avaliação e o porquê de se avaliar um aluno?
Pois bem. Eis a questão a se refletir, educadores!

Em uma concepção pedagógica mais moderna, a educação é concebida como experiência de vivências múltiplas, agregando o desenvolvimento total do educando. A avaliação do processo de ensino e aprendizagem é contínua, cumulativa e sistemática na escola, com o objetivo de diagnosticar a situação de aprendizagem de cada aluno, em relação à programação curricular.

A avaliação não deve priorizar apenas o resultado ou o processo, mas a prática de investigação, mas deve também, questionar a relação ensino-aprendizagem e buscar identificar os conhecimentos construídos e as dificuldades de uma forma dialógica. Os erros são tidos como pistas que demonstram como o aluno está relacionando os conhecimentos que já possui com os novos conhecimentos que estão sendo adquiridos, admitindo uma melhor compreensão destes.

Ao avaliar um aluno, é possível verificar o que os alunos conhecem sobre um determinado conteúdo, orientando o professor de forma que possa planejar as atividades de acordo com as dificuldades dos alunos. Tal procedimento favorece o avanço de cada um deles durante o ano letivo.

A avaliação inicial é fundamental em qualquer disciplina e o ideal é que o professor coloque o aluno em contato direto com o conteúdo a ser ensinado, proporcionando a ele mobilizar e utilizar seus conhecimentos.
É papel também do professor, conhecer seus alunos evitando que venha ensinar o que elas já sabem ou até mesmo ensinar o que não são capazes de entender. Ou seja, é uma questão complexa que deve ser tratada com bastante cautela.

Considera-se que uma das melhores maneiras de se avaliar um aluno inicialmente, é propondo a ele uma situação – problema, no qual ele irá vivenciar o momento e buscar uma forma de resolver dentro dos limites de seus conhecimentos.
É fundamental que o educador tenha domínio da heterogeneidade de conhecimentos existentes em sua turma, pois através desta referência, poderá elaborar estratégias de ensino, bem como poder acompanhar a evolução coletiva e individual de suas turmas.

Por Elen Campos Caiado
Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia
Equipe Brasil Escola

terça-feira, 28 de julho de 2009

quinta-feira, 9 de julho de 2009

A RENOVAÇÃO DA ÁGUIA

A águia, a ave que possui a maior longevidade da espécie, chega a viver 70 anos. Mas, para chegar a essa idade, aos 40 anos ela tem que tomar uma séria decisão. Aos 40 anos, está com as unhas compridas e flexíveis, não consegue mais agarrar as suas presas das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo se curva, apontando contra o peito. As asas estão envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas, e voar já é tão difícil! Então, a águia só tem duas alternativas: morrer... ou ...enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar 150 dias. Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar.
Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo, sem contar à dor que terá que suportar. Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas velhas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. E só após cinco meses sai para o famoso vôo de renovação e para viver então, mais 30 anos. Em nossa vida, muitas vezes temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação. Para que continuemos a voar um vôo de vitória, devemos nos desprender de lembranças, costumes, e outras tradições que nos causam dor. Somente livres do peso do passado, poderemos aproveitar o resultado valioso que uma renovação sempre traz.
Em 10/07/09 estamos encerrando mais um semestre escolar. Toda a Equipe Pedagógica da Escola Estadual Marcílio Augusto Pinto, espera que como As Águias, cada um de nós, se recolha agora (em férias), para no dia 27/07/09 retornarmos em grande renovação, e alçarmos belos e vitoriosos vôos para um segundo semestre cheio de êxitos.
MUITO OBRIGADA A TODOS, E POR TUDO BOAS FÉRIAS!
Iguatemi, julho/2009

sexta-feira, 22 de maio de 2009

terça-feira, 19 de maio de 2009

ATIVIDADE A DISTÂNCIA - ÉMERSON

Atividade a distância (Émerson)

Festa Junina da Escola Estadual Marcílio Augusto Pinto.
Dia 06/06/2009.
A partir das 20:00 horas.
Na Praça João Francisco Lopes (em frente ao Fórum).
Serão muitas as atrações, tais como: - Show de Prêmios;
- Barracas com doces, salgados e bebidas tipicamente caipiras;
- E diversas apresentações de danças caipiras.
Não perca! Nesta festa você só tem a ganhar!

terça-feira, 12 de maio de 2009

ATIVIDADE A DISTÂNCIA (ÉMERSON)

A FESTA JUNINA 2009 DA EE MAP VEM AÍ...

SERÁ DIA 06 DE JUNHO NA PRAÇA JOÃO FRANCISCO LOPES










Educar, Aprender e Avaliar: Pra quê?

Que tipo de escola temos hoje? Será que temos consciência do tipo de educação oferecido em nossas escolas? Será que os professores estão preparados para trabalhar na sala de aula? As formas de avaliação efetuadas são as melhores, condizendo com o que se espera? A prova é a melhor forma de avaliar? Poderíamos escrever um texto enorme colocando todas as indagações que surgem quando falamos de educação. Mais do que fazer perguntas é preciso saber olhar criticamente a realidade que nos cerca. Não basta perguntar porque isso é assim, mas como isso chegou a ser assim?Ao lançarmos um olhar sobre a escola de hoje há motivos que me entristecem, como a falta de estrutura, de professores, criatividade, coragem em muitas escolas. O mais preocupante é que ninguém, ou quase ninguém, fala e faz nada. Temos por outro lado escolas que são modelos.Quantos são os pais que se preocupam com o tipo de educação que seus filhos estão recebendo. O interesse começa com uma olhada nos cadernos, uma visita à escola, uma palavrinha com o professor, outra palavrinha com a direção ou a coordenação pedagógica da escola. Será que a formação que nossos alunos estão recebendo está voltada para a formação humana em primeiro lugar, ou apenas jogam dizeres, números, regras e o aluno nem sequer sabe o que fazer com isso.A preparação e/ou formação dos professores está de acordo com as necessidades da escola ou são colocados apenas para cumprir horários. Mais do que dominar o conteúdo, o professor, deveria ter uma boa bagagem em formação humana e ter a humildade e reconhecer que está lá para orientar os alunos e juntos com eles também aprender, construindo conhecimento.Alunos não são disquetes, nem CD room, nem um armário onde se joga um emaranhado de questões e quando não serve mais deletamos ou rasgamos e jogamos no lixo. Os alunos são seres humanos e que crescem a medida que aprendem, a medida que constroem conhecimento orientados pelo professor.O grande mal hoje é não respeitarmos mais nossas alunos e fazermos deles marionetes. Isso se reflete na sociedade. Em vez de termos homens e mulheres que agem, lutam, buscam, refletem, temos marionetes que tudo aceitam e nada dizem. De quem, é a culpa: da escola? do aluno? do professor? dos pais? do governo?A resposta virá quando pararmos que ficar apontando quem são os culpados e começarmos a agir, fazendo de nossas escolas um lugar de crescimento, conhecimento, aprendizagem e não apenas um lugar a mais para ser freqüentado porque, do contrário, alguém nos punirá.Uma outra questão muito séria e preocupante é a questão da avaliação. Por que, como e para que avaliar? Infelizmente alguns professores, e não são poucos, ainda fazem deste meio uma forma de exclusão, classificação. Como será que o aluno se sente ao ser taxado por uma nota? Aí muitos dizem que tudo na sociedade é assim. Será? Ou é a escola que ensina as pessoas a taxarem os outros? Prefiro e segunda alternativa. Realmente e infelizmente muitas escolas usam a avaliação para taxar em bom ou ruim seus alunos. É preciso avaliar? Como? Acredito que é importante, depois de uma caminhada feita fazermos uma avaliação, porém avaliar tudo, aluno, professor, metodologia da aula, assuntos... Não seria uma forma de acovardamento do professor em somente avaliar os alunos não dando espaço para que estes avaliem a sua pessoa e a forma com que conduz a aula? A avaliação é importante e não tem aspecto excludente quando é feita de forma sumatória, considerando o crescimento gradual do aluno e apontando os passos a serem dados para um crescimento maior. Aquela avaliação somatória acaba excluindo aqueles que tem maiores dificuldades e não lhe abre espaços de crescimento. Lembro de muitos professores que estavam preocupados em dar provas o mais complicadas possíveis, para mostrar aos alunos que são eles que "mandam" na sala de aula e que aqueles que não decorassem o que ele passou estavam "lascados". O que se quer avaliar? O crescimento do aluno ou a capacidade de decorar de cada um deles? Aqui voltamos a questão acima citada: alunos são pessoas ou marionetes? Se são pessoas, precisamos olhar todos os âmbitos e dar uma chance para eles demonstrarem seu conhecimento. Se são marionetes, continuemos excluindo eles.Uma avaliação progressiva, sem intenção de exclusão tem mais sentido, é mais bem aceita e produz frutos maduros, consistentes, saborosos. Nunca considerei a prova uma forma educativa de avaliar, talvez porque ela só foi usada para taxar o meu conhecimento e não como uma chance de demonstrar o que havia aprendido. Para mim a prova não prova nada. Uma argumentação e construção textual diz muito mais, pois exige reflexão, compreensão, conhecimento variado abrindo os horizontes do aluno.A avaliação tem que ser um momento de reflexão, abertura e não simplesmente fechamento de algo que se foi. A avaliação deve ser um passo a mais para uma nova discussão e abertura para novos horizontes e não fechamento. Muitos dizem: "Fizemos a prova! O assunto acabou!" Vou além, o assunto já foi deletado, então, ou melhor, esquecido. Um conhecimento assim não constrói, não edifica, apenas passa.